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Quando descobri que deveria postar para o blog, reclamava todo dia com o meu coordenador: “Não tenho nada pra falar do MEJ, não!” Procurando motivação para voltar das férias, eu não conseguia perceber as alterações ou benefícios que estar em uma empresa júnior tinha trazido para a minha vida nesses últimos quatro meses. Pensava que apenas estava aprendendo a ser acordada por clientes, organizar meus milhares de e-mails e não ter tempo de almoçar em casa.

Só fui entender o quanto a CRIA é importante pra mim no momento de escolher matérias eletivas pro próximo período da faculdade. Quando dei por mim, não estava olhando matérias como Fotografia Digital, Cinema de Animação ou Espanhol I. Lá estava eu na página da Faculdade de Ciências Econômicas procurando vagas em Empreendedorismo Financeiro, Finanças Empreendedoras e Administração Financeira. Na hora não fazia diferença ser publicitária, relações públicas ou jornalista. Eu estava pensando em ser uma empresária.

Júnior ou não, é isso que a CRIA me tornou: uma empresária. E quem diria que eu teria uma empresa aos 18 anos! Quem faz parte de uma EJ me entende: a sensação de ter uma empresa é indescritível. Você sai de lá depois do porteiro do prédio, não dorme a noite pensando em como resolver aquele problema e morre de orgulho quando falam bem daquele pedacinho de lugar que você gere. E é esse lugar que você quer ver crescer, com outras pessoas aprendendo e desfrutando da mesma sensação. Falando nisso, “desfrutar” significa “apreciar”, “aproveitar”, “usufruir” e “colher os frutos”.

Vamos combinar que não há verbo melhor do que esse para descrever a participação em uma EJ.